no Maria Matos! Que bom, de vez em quando, gostar de ver/ouvir/conhecer alguma coisa!...
Das curtas de animação só gostei mesmo da do André Carrilho, "Jantar em Lisboa", embora possa parecer suspeita esta minha preferência dado o companheirismo de adolescência... mas de facto, entre a pasmaceira pobrezinha das outras destacou-se largamente. É mesmo muito boa, a todos os níveis: Desenho, argumento, humor, pormenores, técnica, música, som...
O André, digo-o há anos, é uma das duas pessoas que conheci na vida que melhor desenham e dominam qualquer técnica plástica!! (E conheci, toda a vida, muita gente que desenha e bem, claro!)
Depois os Munchen (não tenho os dois pontinhos para colocar por cima do "u", como se chamam morfose? :)! Os Munchen de que(m) eu tanto gosto. Mais uma vez das pessoas e do produto artístico. Mais uma vez o talento. E é sempre um motivo para rever o João (curiosamente Mestre em Antropologia, músico e cineasta...). A melhor frase da noite coube-lhe, à saída:
"entreguem os vossos corações
ao J.P. Simões"!
E deixa-me dizer-te João (aliás já te disse) que não é difícil!...
O J.P. Simões...
bem, vou tentar resumir...
Faltava-me vê-lo ao vivo para confirmar algumas suspeitas e contrariar (e ainda bem) outras!
O J.P. Simões é um músico quase descontextualizado! Mas é muito bom!
A voz é como as vozes de outros tempos... não é de agora! Mas é lindíssima.
As letras remetem-me para tantas coisas... como a música!
Quando o ouvi pela primeira vez estava parada no trânsito da 2ª circular, num princípio de noite de Inverno. Entrevista pontuada de músicas e eu boquiaberta com aquela sonoridade meio bossa nova, meio sambinha, sem sotaque brasileiro... causa estranheza mas, curiosamente, soa bem!
Vê-lo ao vivo, hoje, confirmou que aquilo é bom todos os dias e, se por vezes parece o Touquinho nas músicas do Vinícius, por outras lembra-me um album que tenho da Né Ladeiras (Todo Este Céu) e os Josés Mários Brancos de outrora...
Quanto à personalidade, que temia (porque me parece cultivar o seu lado charmoso, consciente de que é giro), alegremente verifiquei que não é por isso presunçoso e não quer ser mais do que é! É aquilo mesmo. E é bom.
(para concluir: é assim uma espécie de antítese do David Fonseca que cultiva o ar simples e desprovido de artifícios mas depois não é nada disso! A água benta não sei, mas a presunção bebeu-a toda... :b)
pronto, agora que já consegui falar um bocadinho mal de alguém mas bem no geral, vou para a cama mais descansadinha! Não sem antes salientar que, claro, isto é um mero exercício de opinião. E que achei que o J.P. se referia a mim quando disse que "aquela música era acerca de uma mulher que estava brutalmente chateada com tudo e mais alguma coisa"... :D
beijinhos!