trabalhar
com a criança a tiracolo é inenarrável...
Socorro II !!!
que me pinte o cabelo, arranje as mãos e os pés, arranque os pêlos e leve ao ginásio que eu não tenho tempo nem pachorra ou energia!!!!
Socorro!!!
por Lia Ferreira às 23:26 0 comentários
estamos mal!
Foram dois de uma vez.
Suponho que o meu pai esteja muito desgostoso.
Em pequena, para além de todos os ensinamentos, incompreensíveis na altura, sobre as mais diversas temáticas, vi muitos filmes, com os meus olhos de criança, que gostava de rever agora. Os obrigatórios, os "novos" clássicos, os "novos monstros".
Pontes, matemática, física, geometria, filosofia, fotografia, cinema, poesia, metafísica, humanidades. Tudo.
As alavancas que me "fizeram mover o mundo", mas também a as desilusões dos adultos, em tenra idade.
Aprendisagem antecipada, enraízada, em overdose.
Mas uma grande arma, embora possa não parecer "grande espingarda"...
por Lia Ferreira às 17:36 0 comentários
categorias: calor, disparates, música
Hoje fizémos isto...
40 graus deram-nos a volta à cabeça!...
por Lia Ferreira às 01:20 2 comentários
que se vir mais algum filme não digo mais nada... que isto já parece um blog de cinema...
por Lia Ferreira às 12:13 4 comentários
ponham bem os olhos nesta imagem.
Longe de ser a imagem mais marcante do filme "Casa de Areia", que é todo feito de imagens belíssimas, é uma fotografia desses três. E que três!
O que esperar de um filme que conta, para além de outros digníssimos actores (como o sempre fabuloso Stênio Garcia), com estes três?!!!
Descobri-o (o filme - a sua existência!) nos tempos do Tolice, em pesquisas na net. Nunca passou pelas nossas salas de cinema. Disposta a comprá-lo na Amazon ou no ebay, descobri, feliz, que existe na FNAC!!
Não é, aparentemente, um filme fácil, para quem esteja à espera de acontecimentos a ritmo alucinante... mas o que é certo é que nos prende, naquele imenso vazio. Ficamos agarrados ao destino daquelas personagens, no seu desespero e na intransponibilidade daquelas dunas imensas (maiores ainda em 1910, sem a ajuda de motores para as atravessar).
Para mim, os melhores diálogos estão reservados para o fim.
Quando a Montenegro, já a fazer de filha/mãe muito envelhecida, na geração do meio, vê chegar a sua filha (numa cena em que também é ela a representar o papel, portanto contracena com ela própria), também já envelhecida, que não vê há muitos anos (40, talvez). Como todas as mulheres da família têm traços muito parecidos (são sempre representadas na idade adulta e na velhice por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, filha e mãe na realidade), a velha senhora, ao ver chegar a filha, julga, por momentos, estar a ver a própria mãe (de quem se lembra com aquela idade).
A expressão no olhar quando diz:
"-Mãe?", seguida de uma pausa para recuperar a consciência do provável e logo depois dizer "-Filha!" é comovente. E a situação não deixa de nos arrancar uma gargalhada.
Quase de seguida, quando as duas conversam e a filha aproveita para contar à mãe notícias do mundo de "fora", falam sobre a ida do Homem à Lua.
A mãe pergunta se ele voltou mais novo (por causa de uma teoria de que tomou conhecimento breve muitos anos antes) e a filha responde, espantada, que não, que acha que até voltou mais velho...
Depois a mãe quer saber o que encontrou o Homem na Lua e a filha responde-lhe que nada! "-Areia"!
Essa é talvez a maior quebra de expectativas que se pode dar àquela mulher, enclausurada pelas dunas imensas do Maranhão brasileiro durante dezenas de anos, de onde tentou sair, em vão, na maior parte da sua vida adulta.
E é de uma tristíssima beleza, esse momento.
De resto, o Seu Jorge é sempre um regalo para os olhos e para os ouvidos. Faltava falar nele.
por Lia Ferreira às 11:17 4 comentários
num fim-de-semana em que decidimos alugar um filme para cada noite (incluindo a de 6ª feira), a minha conclusão foi, "Cartas de Iwo Jima" à parte:
Marie Antoinette - 0
Rocky Balboa - 1
e não teria sido preciso chegar ao décimo round.... embora tenha esperado, até ao final, que a coisa se invertesse, como seria de esperar... mas não!...
As expectativas com que parti para o segundo eram nenhumas; ou por outra: Esperava que fosse muito mau! Mas não... é um filme honesto, se é que me faço entender...
...para meu grande espanto, a realização do próprio Stallone é certinha, apoiada numa boa fotografia. A exploração de alguma "degradação" na imagem do boxeur envelhecido está bem feita, sem fazer dele o boneco "charmoso" para que poderiam tender.
Só achei um bocado lamechinhas demais... De resto, mesmo o desfecho: correcto. E ponto.
Agora, a Maria Antonieta...
"Não havia necessidade"!!!...
Não acrescenta nada. A Coppola deve ter-se apaixonado pela Dunst ou ficou embasbacada com a opulência de Versailles...
Lindas imagens, é certo, mas ao fim de algum tempo já cansa olhar para as fotografias... muito "magazine stylished", if you know what i mean...
é que é preciso mais qualquer coisa para fazer um filme, do que deixar a câmara namorar a actriz e ter como base décor e guarda-roupa...
..hum, hum, a brincadeirinha dos all stars e a banda sonora a preceito...
Eu diria que a realizadora, no nosso contexto, estaria mais numa de ser bem aceite no Lux...
...enfim, nada.
Tudo isto, na minha opinião, claro.
Ainda sobre o de Clint Eastwood, "As Cartas...": ora bolas!!
É que é indigesto!!
É um sofrimento.
Boa realização, boa fotografia, curioso e diverso o ponto de vista, bons actores, tudo certo, mas tremendo!...
É um massacre, retratando outro!
Credo!
Acabámos os dois com a mesma sensação e por acaso comentámos: É mesmo estúpida, a Guerra, não é?
Simplista, o meu relato, mas é isto, sem mais, que quero dizer.
por Lia Ferreira às 16:51 7 comentários
:D
eh eh!!!
O nosso amigo Iago, linkado, desde que abriu blog, neste "estabelecimento e em anteriores, deixou uma referência (mais uma!!) ao amigo Pessoa neste post!!! Eh, eh, eh!!!
És o maior, Iago!
que o momento alto do fim-de-semana anterior (a este último) foi quando o Pessoa, destravado, acelerou na minha direcção e não conseguiu travar quando, a dois passos, lhe apareceu uma piscina por baixo das patas... ou por outra: desapareceu o chão e ficou tudo azul, qual céu!...
O cão mergulhou na piscina com estilo, patas da frente esticadinhas, e apanhou um dos maiores sustos da vida dele... :D
Saquei-o da água pela coleira porque, como tantas vezes acontece com cães nesta situação (quase sempre com fim trágico, se não houver donos ou outros humanos por perto) ele não conseguia saír da piscina sózinho...
A expressão do cão, "facial" e corporal, no momento do "voo", foi de chorar a rir...
por Lia Ferreira às 16:23 2 comentários
categorias: bichos, disparates, Pessoa
hoje tive um sonho... acho que durou quase a noite inteira...
mesmo acordando algumas vezes, consegui sempre ir buscá-lo!
Mais um motivo para não me querer levantar, esta manhã.
O sonho foi tão intenso que, depois de acordada, vestida, e já em marcha para o trabalho, depois de levar a Mariana à escola, continuava com espasmos do prazer que me deu! E não, não foi um sonho "molhado", embora suadinho...
Estava em palco, em ensaios, de uma comédia.
A noite inteira de improvisos, numa consolidação da personagem.
E o que eu gostei!
E o que eu gostava que fosse verdade!
Sofrido mas bom. Deu um prazer bestial.
(não me venham perguntar "mas porque não?", que já nem tenho paciência para abordar o tema...)
a vida é feita de muitas coisas.
Esta é, sem dúvida, a que gosto mais.
Adiante, no entanto, que para ser já teria sido e não poderia ter-me acobardado na altura devida. Ou não devia ter cedido a pressões e contingências...
...ou não devia ter-me distraído com outras aptidões e facilidade em fazer uma série de coisas com as pernas às costas.
Objectividade em excesso ou em falta?
Olha que porra!...
por Lia Ferreira às 16:03 0 comentários
ando muito ocupada com uns projectos novos... é só isso! :)
por Lia Ferreira às 11:06 7 comentários
categorias: afazeres
por Lia Ferreira às 13:06 11 comentários
categorias: altamente recomendável, campanha, disparates, Pessoa
Eles é que me perseguem!...
Palavra; e então este que já vem desde as presidenciais...
Eu juro que até gosto do senhor!
É querido, tem um ar bonzinho... tem qualquer coisa que me remete para... os marretas! Será?!
Mas sou só eu, ou mais alguém acha que andam por aí cartazes com o Mr. Bean a dizer que "É preciso salvar Lisboa"?
Caramba, é que desde as outras eleições que eu acho que - coitadinho do senhor, tão querido e tão naif - é indecente que ninguém o ajude a ficar menos parecido com o outro!!! Será por falta de verbas? Não há por aí nenhuma alma caridosa? Ó Berardo!! Então esta criatura cuja face, pelos vistos, nos acompanhará por muitos e bons anos de campanhas, sempre candidato a qualquer coisa, não merece um restauro? É um investimento! Em arte pública!!
Alguém que faça alguma coisa!...
por Lia Ferreira às 00:07 2 comentários
categorias: campanha, disparates, política
claro que não ir à ginástica desde a 4ª classe dá nisto...
por Lia Ferreira às 14:10 9 comentários
categorias: convalescença, desporto, disparates, eu?
...que andas tu a fazer, Manoel??
(já agora aqui fica o caminho para o sempre grande hit dos Norman
(Norberto e Manuel), a Cancer Song.)
(shhh!... mas hoje, pela primeira vez em p'raí 23 anos, fiz ginástica!!!...)
...
( e - pssst!- gostei!!!... aquela coisa do step e dos alongamentos tem graça!!!...)
(agora, aqui entre nós, vou experimentar o Pilates, o Tai-Chi, a Hidro-Ginástica e o Body-Balance!...
...depois vou tentar fazer tudo!!! :D)
por Lia Ferreira às 21:03 2 comentários
se este post tivesse sido feito na 6ª feira o conteúdo seria de 90% de asneiras/palavrões... que o digam aqueles que falaram comigo na altura...
Para um trabalho de styling tinha a coisa facilmente resolvida, com um vestidinho que correspondia ao briefing, pela módica quantia de 19,90€... mas não!...
Aqui a menina entusiasma-se e depois arranja sarna para se coçar...
"(...)uma saia de tule fantástica!"... para a próxima: prendam-me!!
Podia ter estado descansadinha mas, para concretizar a idéia que vendi cheia de entusiasmo, foi preciso uma quase directa (deitei-me às 6:30 porque acabou a linha... e fui dormir enquanto não abriam as lojas...) e muita persistência...
Bem, mas a coisa funcionou....
Quando tiver autorizações, publico!
Mas era uma linda saia cor-de-rosa para uma fantástica fotografia que sairá na "Shots"...
Aaaah... babo de orgulho...
por Lia Ferreira às 23:44 18 comentários
categorias: afazeres, asneira..., idéias, narcisismo, trabalho
a correr, amanhã logo desenvolvo e explico porquê...
o RAPACE, o filme em que participei como...hum...actriz... vai dar no Domingo, na RTP2, no "Onda Curta".
Para quem não chegou a ver e tenha curiosidade!
Relembro que a voz de menina pequena no genérico final é da Mariana, num tema dos Munchen. O filme é do João Nicolau. Já falei tanto disso no Tolice, que agora, com o cansaço, para além do mais, não me apetece.
Fica a informação.
beijinhos a todos.
por Lia Ferreira às 00:05 10 comentários
categorias: cinema, narcisismo, rapace
imagine-se...
eu, euzinha, no cinema a ver o Die Hard 4!!!!!!!
É que, ainda por cima, o 4!!!!!
nunca me tinha acontecido!...
Lembro-me de ver, em casa, porque estava a dar na televisão, o Assalto ao Arranha Céus e o Assalto ao Aeroporto... mas jamais me passaria pela cabeça ir ver um filme destes ao cinema! Porque não me apela a nada! A violência gratuita como entertenimento, os efeitos especiais ou as perseguições de carro, helicóptero ou avião, não fazem o meu género. As lutas, marciais ou não, os tiros e os caparros, também não...
Tentei lembrar-me de um filme "violento" que tivesse visto "com gosto"(embora fosse um valente murro no estômago) e lembrei-me de uma "outra coisa"... "A Cidade de Deus"! Aí está um filme sobre violência mas que não explora a violência gratuitamente. Retrata-a e é bestialmente violento por tudo o que expõe, mas não a usa como espectáculo... se é que me faço entender! Enfim, poderia explicar isto de uma outra forma, mas não me quero alongar muito mais sobre o assunto...
Tudo isto para dizer que os filmes que me despertam a curiosidade fazem-no por outros motivos e que se não tivesse sido desafiada por quem muito amo nunca teria ido...
...o que é certo é que não tira pedaço!
Ainda me ri com as piadas do sempre cool detective John McClane, encolhi-me com as iminentes colisões de veículos, franzi-me com as explosões e achei muita graça aos dois actores mais novos... o "puto" hacker e a filha do detective.
Vê-se bem, se não houver mais nada para fazer ou se se encontrarem numa situação "diplomática" deste género!
O Bruce Willis tem sempre graça naquele registo, seja como "modelo e detective", seja como outra coisa qualquer!
Agora... aquela cena do avião... é comédia!
por Lia Ferreira às 09:42 6 comentários
categorias: cinema, disparates, shhh...
Acabei de levar com o sêlo de garantia! :)
por Lia Ferreira às 18:19 7 comentários
categorias: operação, saúde, Scolari dos médicos
(fui ali injectar um bocadinho de tertúlia de esplanada na minha veia telheirense e já vim!)
(ps-fiquei contente por saber que o espírito melkia se mantém, em poiso emprestado e temporário, e que invadiu agora a blogosfera!! Feitos os devidos links, vou trabalhar um bocadinho...)
por Lia Ferreira às 22:57 1 comentários
categorias: bichos, disparates, tenho que escrever isto cem vezes
comprámos as nossas crocs... escroques! :)
por Lia Ferreira às 22:43 5 comentários
categorias: miúdas giras
por Lia Ferreira às 12:08 0 comentários
categorias: bichos, cão e gata, comida, Pessoa, Ytchi
o programa de sábado foi um misto de emoção, riso, saudade, força...
Juntaram-se as três primas para esvaziar a casa da avó (a avó Mariana, que "já não mora lá..").
- A avó Mariana, coração maior que o mundo, porta aberta a toda a gente, improviso na algibeira e mesa posta para quem chegasse. "De seu nome Mariana", que "não era feia nem bonita", quando passava em Évora, descrita no "Perfil das Arcadas". A avó Mariana, "alfaiate", mãozinhas de ouro, na costura e no tempero. Mãe de todos. - Juntaram-se as três primas e acabaram duas, que isto, já se sabe, há irmãos que quando se pegam... mas, enfim, dei por mim a fumar um cigarro na varanda a pensar que em pequenas diziam as mesmas coisas quando se zangavam e o melhor sempre foi deixá-las resolver por si... até porque desta vez não havia pai nem tio por perto para resolver o assunto com uma bofetada para cada uma!!! Nem para isso, nem para ajudar na tarefa; ainda menos para recolher objectos de estima...
Assim se fizeram umas partilhas improvisadas, de coisas que ficaram para trás. Tão importantes outrora...
Muitas coisas se deram a quem precisa, outras seguirão caminho e, espera-se, recicladas serão úteis, como a colecção magnífica das "Diana", de caça e pesca, de décadas idas. Tantos anos guardadas por causa dos "meninos" e os meninos não as quiseram. Mas bem, já nem vale a pena pensar nisso, há que ser "práticas", há que ser práticas, e toca a tirar tudo dali.
Não faltou um momento de barbárie, acompanhado de riso - que a nós tanto nos dá para rir como para chorar - comigo a desfazer à martelada uma cómoda de madeira que se foi desmanchando ao longo dos anos (já entrou naquela casa velha, porque aquela casa era a única que tinha paciência para isso....) e que era impossível de transportar, escadas abaixo...
De casa da minha avó trouxe então, em resumo destes dias, as melhores coisas que se podem querer:
A máquina de costura antiga, de ferro, com que a minha avó punha comida na mesa;
as caixas da cozinha, onde guardava, devidamente identificados, o arroz, a massa, a farinha, etc...;
os cortinados da sala;
as fotografias;
uns retalhos de pano;
um saquinho com pertences da bisavó, acompanhados de instruções da avó Mariana, para quando ela morresse (!),
e muitos dias e noites bem passados, uma infância rica de amor e aprendizagem.
Como se ama incondicionalmente, como se cozinha, como se dá.
E a lembrança dos cheiros, dos sabores, das risotas, das preocupações, da correria.
De todos os que vinham. Dos serões, das manhãs, da luz da casa nas diferentes horas.
Da UCAL, da Granfina, do Morais.
Das sopas, dos guizados, da açorda, dos croquetes, das fatias recheadas.
Do "ê cá...", do "talho do Zéi", dos "bifis"... do "Cherépi!!"... :)
Das colheradas de Cerelac em pó, "ó avó posso?", de pôr a mesa e da caminha mais bem feita de que há memória.
Da laca no cabelo, pó de arroz e um batonzinho antes de sair... tic, tic, tic, lá ía ela de passo sempre apressado, que quem disse que os alentejanos são preguiçosos não conheceu a minha avó!
E tenho o coração cheio dela.
por Lia Ferreira às 01:17 3 comentários
categorias: afazeres, avó Mariana, casa, família, primas, recuerdos, regresso