domingo, 1 de junho de 2008

geralmente

A falta de capacidade de ver um passo à frente é uma coisa muito triste.
A capacidade de o fazer também não confere grande conforto; parece que se está sempre a ver a coisa pelo pior lado e que não se consegue descontraír e deixar ao acaso o que virá. Antecipa-se sempre o problema e quem sabe, se por obra e graça de sei lá o quê, o problema pode até nem vir a ocorrer!...
Porém, essa capacidade dificulta muitíssimo a convivência com quem a não tem porque faz com que tudo pareça uma imbecilidade. Isso e a usência de determinadas substâncias no organismo que libertam um "não te rales" e um "ri sempre", de extrema relevância quando se pretende viver em comunidade.

só da porta para dentro:
"estender roupa de jersey pelo cós, geralmente, significa que a mesma irá ficar deformada..."
"fazer várias máquinas de roupa sem espaço para a estender, geralmente, dá mau resultado."
"deixar (alguns dias) roupa por passar toda embrulhada e húmida, geralmente, significa que a que é essencialmente composta de algodão (a grande maioria) fique a cheirar tão mal que mereça ser lavada outra vez (o cheiro do ultra-levur sem cápsula é muito parecido)."
"deixar a toalha molhada em cima da cama, geralmente, implica que pelo menos uma das duas fique molhada e não seque..."
"deixar a toalha molhada em cima da toalha seca implica, geralmente, que quem toma banho a seguir tenha uma toalha molhada à espera"
"a máquina da loiça não tem mãozinhas, por muitos jactos de água quente que deite (e é se estes não tiverem o caminho obstruído)..."
" misturar roupa com resguardos impermeáveis na máquina da roupa, geralmente, implica que essa impermeabilidade não deixe passar a água tão livremente como se deseja... seja para enxaguar, centrifugar, seja para o que fôr!..."
e por aí fora.

5 comentários:

lavandaria disse...

:-)
tens melhor humor que eu, hoje, pelo menos.
ontem, com uma amiga, a questão era acerca de estratégias: guerrilha quase constante ("fizeste isto", "é preciso fazer aquilo", "voltaste a não fazer isto", "como não te ocorre que se tem que fazer isto"), fazer eu (até quando? é mais rápido mas resolve no imediato, apenas) ou deixar acumular até, até. e não chagámos a qq conclusão :-)

lavandaria disse...

eheh
grande lapso de linguagem - queria escrever CHEGAR e não CHAGAR, embora o contexto seja precisamente o de CHAGA!

inês nogueira disse...

tu já eras boa a criar categorias mas "mulheres-a-dias e maridos" é a melhor de sempre! bjs.

Lia Ferreira disse...

:D
fico contente por teres reparado e gostado! :D
beijinhos!

Ponto de Rebuçado disse...

TRABALHOS DE CASA....
breeee.....
beijinhos