AAAAAAAAAaaaaaaaahhhhhhhhhhh!!!!
Fim-de-semana em stress, porque à mínima coisa não durmo - a Mariana, de novo, a dormir num colchão, desta vez insuflável e que fazia um barulho enorme a cada movimento (sendo que a própria não dormia muito bem...), ele a deitar-se de novo às quinhentas por causa do trabalho e eu a acordar, eles a ressonarem e eu a acordar - porque a tia foi para Tróia e precisa que a levantem, que a limpem, que a lavem, que a vistam, que a sirvam, que a tratem, e, de preferência, que apesar de tudo a façam sentir-se bem. E porque para isso estou eu. (Mas eu também não gosto, também ninguém me ensinou, apenas respiro fundo e faço o que alguém tem que fazer e não sou constantemente poupada, nem coitadinha. Em relação a factos, todos estamos na mesma circunstância. Sim estou a dar recados.)
Depois, trânsito para chegar a casa - quem não arrisca, não petisca. Apesar de tudo, fugi para a Praia duas manhãs com a Mariana, depois de prestar os serviços mínimos.
Hoje de manhã o esquentador não funcionou por nada. Corre, corre, "tenho sono", "também eu" e decido não arrancar para o trabalho depois da escola mas para casa. Porque preciso de dormir. Ao invés, carrego com quilos de roupa lavada que a máquina não torce. Mas não posso parar de fazer máquinas porque não há cuecas, além de toda uma série de outras roupas. E porque cá em casa há roupa de grandes dimensões que tem que ser lavada todos os dias, não me perguntem porquê. E porque ao fim de dois dias sem o fazer instaura-se o caos. E porque há uma semana que ando de atrelado com a tia e tudo o resto se desmorona porque não há margem para imprevistos e porque eu não aguento mais. (E porque é que eu não aguento mais? Porque andei muito tempo a aguentar e a correr e porque andei anos a não dormir convenientemente porque não há homem que não ressone, criança que não faça xixi, e eu, em vez de me contentar com aquilo que não tem resolução, andei feita tola, palerma, a alimentar egos doentes e cabeças dementes, em nome - não do amor, mas da falta de amor próprio...)
E trinta vezes limpo a bancada da cozinha e trinta vezes vem a gata espezinhá-la de novo. Provavelmente, quando a criança nascer, far-se-á luz...
E a janela da cozinha - zás! - avariou-se, e eu de estendais espalhados por toda a parte, precisava que ela funcionasse mais do que nunca.
E ali está a roupa da 4ª máquina por estender e eu sem ter onde a pôr (e os edredons continuam a pingar).
Quero agora ver se durmo (porque acumulo os sonos de dias e hoje o despertador tocou, de novo, às seis da manhã para que ele pudesse ir trabalhar mais cedo), com o pavor de que o telefone toque porque não se arranja solução para a tia. E quem arranja solução para mim?
E depois vem a Mariana e ainda tenho que resolver as compras e o jantar. E rever os trabalhos de casa. No big deal, mas eu pergunto como é que é suposto ser-se ainda uma profissional dedicada, como eu já fui, ou "hiperactiva" como ouvi desejar ao outro, no outro dia (e eu toda a vida fui até um dia...)
Haverá até quem consiga, muitos mais anos do que eu, mas sinceramente, não tenho culpa que existam esses modelos, que acabam mal, e que eu não ambiciono para mim (porque não tenho que o fazer).
Tenho uma óptima citação para aqui deixar, do The Bitch In The House, mesmo a propósito, mas agora não tenho tempo.
E para outa altura, deambulações sobre o sentimento de posse, o "ter" e o "viver", ou usufruir. Disfrutar!
Adiante!
3 comentários:
O Bitch in the House é óptimo para citar uma série de coisas/situações. ;-)
Anyway, é muita coisa em cima do mesmo corpinho. Não dá.
Eu comecei a ignorar aquilo que não é prioritário, a lidar com o estritamente obrigatório e a cagar-me para o que pensam do desleixo (aos olhos dos outros) alívio (aos meus).
Faz só o que podes. O que não podes, não faças.
Credo, mim! Até eu que tenho fama de não fazer a ponta de um corno (não ressono, por isso nem tudo é mau) fiquei cansado com essa descrição! Isso há-de melhorar! Só pode! E, cuecas à parte, que se fo*a a roupa! Descanse e leia um livro. Todos menos este, claro.
ai...
que susto.. por ti, vocês, e porque me revejo, porque antevejo..! a vontade e a crença de que se seguram as pontas todas, se educa quem precisa de aprender umas coisas, se mimam os filhos e os queridos, que se dá ao cão o que ele sempre nos deu a nós, e ainda se constroi uma realidade profissional que desejamos.. às vezes pergunto "até quando? até quando se aguenta?" . o meu Amor precisa de uns abanões, o teu..? enfim, eu vejo a núvem negra da ameaça de fds com sogra (AAAAAAAAAARRRRRRRRRGGGGGG) a pairar no ar, ou a núvem de um Amor de trombas. um mal que não tens que gerir :-)
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